Stereophant: Correndo de Encontro a Tudo + Entrevista - Nossa Invasão

Stereophant: Correndo de Encontro a Tudo + Entrevista

Publicado em 21 março 2015


   A banda sul fluminense chamada Stereophant, no álbum Correndo de Encontro a Tudo, trouxe onze músicas repletas de peculiaridades e notoriedade, características almejadas pelas bandas independentes em ascensão tanto da cena carioca como nacional. A banda é composta por Alexandre Rozemberg, Fabrício Abramov, Vinícius Tibuna, Thiago Santos e Bernardo Leão. 

Aperte play e ouça o álbum completo:


 Relato Pessoal:
  Pouco tempo depois de conhecer a banda, sem que percebesse, eu já era capaz de cantar a maioria das músicas. "Toda Glória da Derrota" foi a primeira música que ouvi e faz parte das minhas 3 músicas favoritas do álbum, junto com "Insônia" e "Correndo de Encontro a Tudo". "Insônia" é o tipo de música que te faz dançar, gritar e cantar ao mesmo tempo. 


 Representando a banda, Vinícius Tibuna, o guitarrista fundador da banda, respondeu algumas perguntas para o blog. Confira, ou como diz Alexandre em todo início de show "VÊM"! 

Nossa Invasão: Como a Stereophant começou? A formação atual é a original? 

Stereophant: A banda nasceu na cidade de Mendes, no interior do Rio de Janeiro, em 2004, quando éramos amigos de colégio, nessa época tinhamos outro nome e dos integrantes atuais apenas eu (Tibuna - guitarrista), Alexandre (vocalista) e Bernardo (baterista). Com o passar do tempo começamos levar de fato a banda realmente a sério e fazer mais shows por outras cidades, mudamos para a cidade do Rio de Janeiro e gravamos um EP ainda com o nome antigo. Resolvemos depois mudar o nome da banda pois o anterior já não nos agradava, assim como mudamos o som que fazíamos. Fizemos um brainstorming com alguns amigos e como já usávamos elefante em algumas peças gráficas da banda chegamos a Stereophant, no final do processo de gravação do nosso primeiro disco "Correndo de Encontro a Tudo". O Santos (guitarrista) entrou pra banda e logo depois o Fabrício (baixista).




Nossa Invasão: Quais são as inspirações da banda?

Stereophant: Acho que o que influencia a gente a fazer música não são só outras músicas, mas as coisas que acontecem no nosso cotidiano, os filmes que a gente vê, o livro que se lê, uma imagem que se vê, nossas angústias pessoais, revoltas, alegrias, tristezas. Acho que a música é de certa forma um vômito de tudo que se passa dentro da gente, uma forma de externar o que sentimos e pensamos, e também às vezes o que queremos que as pessoas saibam ou pensem a respeito.


Nossa Invasão: Como foi o processo de criação do “Correndo de Encontro A Tudo”?

Stereophant: O processo para fazer o disco foi bem lento, antes de gravarmos ficamos por volta de uns 8 meses indo todos os finais de semana para um "castelo/sítio" em Mendes, da família de um dos integrantes para compor o disco. Fizemos todas as músicas do disco lá, era ótimo pois tínhamos muita tranquilidade, não tínhamos limite de tempo e fez com que a energia das músicas se tornasse muito boa e verdadeira pois passávamos o tempo todo juntos compondo. Depois disso fizemos uma pré por conta própria pra depois entrarmos no estúdio com tudo já definido. O processo de gravação demorou bastante também, por volta de um ano, devido a todas dificuldades de uma banda independente. 
 Gravamos em três estúdios, baixo na Companhia dos Técnicos, guitarras no Zeus e vozes e percussão no HR. O disco foi gravado e produzido pelo Thiago Nogueira, que acabou se tornando um grande amigo nosso. O ponto positivo da demora é que tivemos tempo para amadurecer as ideias e analisar com calma o que funcionava ou não e o ponto negativo é que com o passar do tempo, suas ideias, referências vão mudando e acaba que as músicas que vão ser lançadas acabam se tornando músicas mais "antigas", pois você já tem outras ideias e músicas novas vão surgindo. Mas é um disco que gostamos bastante e expressa tudo que estávamos vivendo, é bem um disco de que é isso que a gente quer, e vamos nessa aconteça o que acontecer vamos cair de cabeça, que é o que o nome do disco expressa, ele nos trouxe coisas incríveis, oportunidades e muitos amigos.


Nossa Invasão: Qual foi o show mais especial?

Stereophant: Acho que existe mais de um jeito de um show se tornar especial principalmente pra uma banda independente, logo complica de escolher apenas um. O primeiro é quando você toca em um lugar de grande porte ou de grande público. Tivemos a sorte de na mesma semana tocar no Circo Voador que é um lugar que todo mundo que tem banda quer tocar abrindo pra uma banda gringa, e dois dias depois tocamos em BH no Circuito Banco do Brasil no Mineirão, pra um mundo de gente, no mesmo palco que o Link Park, Titãs e Nação Zumbi que são bandas que admiramos. Foi uma experiência bem legal e diferente. Mas existe também os shows que você toca em lugares menores, às vezes até no chão, você olha dentro do olho das pessoas e elas estão cantando, gritando suas músicas. É uma energia absurda, a troca com o público é única.



Nossa Invasão: Quais são os planos da Stereophant?

Stereophant: No momento, paralelamente com os shows, estamos compondo as músicas para nosso disco novo que vai ter a produção do Felipe Rodarte. Já temos uma boa parte das músicas e estamos trabalhando pra fazer mais algumas. Estamos bastante animados com o que tem pra vir e felizes com o que já temos feito. O plano é entrar em estúdio pra gravar tudo o quanto antes, fora isso, cair na estrada, ir o máximo de lugares que ainda não fomos e mostrar nossas músicas, fazer novos amigos e tentar através da música atingir de alguma forma as pessoas. É isso que importa pra gente.



Para finalizar o post, cada integrante da banda indicou uma música:

Alexandre: Dead Fish - Vitória
"Dead Fish é a melhor banda brasileira de todos os tempos."



Bernardo: Ventre - Pernas



FabrícioFacção Caipira - Pedrada



Tibuna: Hover – The Miracle of Moving On



Santos: Clashing Clouds – Bad Bad Boy


Um comentário:



Tecnologia do Blogger.

@INSTAGRAM